16.12.11

Mudança na Equipa de Gestão da BBDO



A partir de 1 de Janeiro de 2012 a BBDO em Portugal - nº 1 em criatividade, estratégia e eficácia segundo o estudo agencyScope’11, oito vezes nomeada a “Agência do Ano” pelo Clube de criativos de Portugal e nº 1 em EBITDA - contará com uma nova equipa de gestão composta por Ana Rita Almeida (BBDO), Ana Cunha (RMAC), Rodrigo Gralheiro (Proximity Digital) e Fátima Reis (Serviços Criativos).

Esta nova equipa sucede a Pedro Bidarra e João Wengorovius que, juntamente com Peter Sherman, Managing Director da BBDO Europe, e uma equipa da BBDO Europe farão parte de um “Advisory Board” que apoiará a transição.

Para Pedro Bidarra e João Wengorovius “não há nenhuma outra rede de agências tão boa, tão competente nem tão criativa como a BBDO e por isso não está nos nossos planos trabalhar para nenhuma outra rede no futuro próximo”. Acrescentam ainda “foi uma situação que vinha a ser programada desde há algum tempo e estamos certos que a nova equipa que assumirá a gestão da BBDO fará um excelente trabalho, como o demonstram os resultados que consistentemente temos vindo a atingir ao longo dos anos”.

Peter Sherman, Managing Director da BBDO Europa, refere a propósito desta alteração na direcção da agência em Portugal: “estamos muito gratos ao Pedro e ao João pelo incrível trabalho que fizeram e pela sua dedicação à BBDO, que permitiu torná-la a melhor agência em Portugal!”.

Lisboa, 15 de Dezembro de 2011

25.10.11

A BBDO Abre o Baú IV - Sporting SAD Emissão de Obrigações

Hoje tiramos do baú uma campanha recente: a campanha que apresentámos para a Emissão de Obrigações da Sporting SAD em Maio de 2011.
Esta grande operação financeira marcava também o início de uma nova era no Sporting enquanto clube, com um novo Presidente e um novo treinador de futebol. Havia esperança entre os Sportinguistas.
Mas apesar disso, investir em obrigações do clube não era visto sequer como um meio de poupança a considerar, por isso mesmo era preciso apelar ao coração mais do que apelar ao coração. Falar para leões, não para investidores.
Esta era também uma oportunidade valiosa para o Sporting comunicar de forma diferente dos restantes clubes e fazê-lo de forma jovem fresca e criativa. Assim sendo, chegamos à ideia central da campanha: a obrigação do leão é aproveitar uma oportunidade destas.



A campanha viveria em imprensa.

(clique na galeria para ver as imagens maiores)

Seria também veiculada na rua.


(clique na galeria para ver as imagens maiores)

E em rádio.
Não há o spot gravado, mas há o script.

LEÃO: Olá zebra!
ZEBRA: Olá leão!
LEÃO: Estás com umas riscas diferentes.
ZEBRA: É verdade. O Sporting pintou-me aqui um 9,25%.
LEÃO: Nham, Nham!
ZEBRA: Porque é que me estás a olhar assim leão?
LEÃO: Esse 9,25% abre-me o apetite.
ZEBRA: Vais comer-me leão?
LEÃO: Vou zebra. Não leves a mal. É a minha obrigação sabes?
ZEBRA: Então come.

VO.: O leão tem obrigações e as Obrigações do Leão rendem 9,25% ao ano.
Obrigação do Leão 9,25%. Uma oferta Pública de Obrigações da Sporting SAD, com taxa fixa de 9,25% TANB e pagamento semestral de juros. Subscreva de 27 de Junho a 19 de Julho.
Para mais informações consulte o seu banco ou vá a sporting.pt.

Obrigação do Leão é obrigação do leão.

GRITO: Sporting!

16.9.11

A BBDO Abre o Baú II - Renova

Mais uma campanha que vê a luz do dia, saída do Baú. Em 2006 apresentámos esta campanha para a marca Renova:


(clicar na imagem para ver maior)

9.9.11

A BBDO Abre o Baú I

Ao longo dos anos foram muitos os concursos em que participámos. Apresentámos planos, propostas, maquetas e conceitos que, perdidos os concursos, nunca chegaram a ver a luz do dia. Mas nós acreditamos que se o trabalho é bom merece ser visto, mesmo que não tenhamos sido a agência vencedora
Assim, a BBDO Abre o Baú das campanhas que nunca foram para o ar mas que nos deram muito gozo fazer e apresentar. Serão maquetas em imagem e vídeo, eventualmente com um ar menos polido, mas certamente com uma grande ideia, numa grande campanha.
Hoje começamos com Navigator. Um concurso de 2009 que contou com o trabalho conjunto da RMAC - proposta de actualização da marca e do packaging - e da BBDO.
Foram desenvolvidas e apresentadas três campanhas.

Proposta 1 - Campanha 500 Milhões


(clicar na imagem para ver com maior resoluçao)

Proposta 2 - Mais do que em qualquer outro papel


(clicar na imagem para ver com maior resoluçao)

Proposta 3 - Printers Love Navigator


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Presente em todas as propostas está o packaging redesenhado e a proposta de identidade desenvolvidas pela RMAC.

(clicar na imagem para ver com maior resoluçao)

29.8.11

A desmodernização

O que eu mais temo, nestes tempos que se avizinham, é a desmodernização. Não me refiro à desmodernização das infraestruturas – bem ou mal, os anos que passamos a gastar o dinheiro que aparentemente não tínhamos, serviu para muito autoestrada, muito hospital e muito ecrã de plasma e muito broadband. Estamos todos muito bem equipados e infra-estruturados. A desmodernização a que me refiro é a das mentalidade.

Durante as últimas décadas quisemos ser modernos. Foi com a entrada na, então CEE, que o discurso político começou a falar de modernidade deixando para trás o assunto da liberdade e democracia que eram os tema resolvidos. Ser moderno era a coisa a ser-se, era a ambição para todos, e em todas as áreas da nossa vida, durante os últimos trinta anos. Ser moderno na arquitectura, na decoração, na roupa que se usava, nas conversas que se tinham e nos amigos que se arranjavam, nas viagens, nos carros nos gadgets e até nas relações entre as pessoas.

As empresas modernizaram-se modernizando a sua gestão, as suas identidades, os seus discursos e as suas ofertas. As empresas quiseram ter discursos originais e criativos, quiseram dar nas vistas sendo modernas. Com essa vontade floriram projectos de design, publicidade, fotografia e filme modernos e originais. Foram duas décadas e meia de criatividade.
Mas agora chegou a incerteza e com ela o medo. E quando há medo, há uma retirada para territórios mais familiares — e a modernidade não é familiar, antes pelo contrário —, com medo tornamo-nos conservadores, sem vontade de arriscar de fazer diferente de sermos originais.

Pelo menos desde 2008, que foi o ano em que o nosso mundo começou a acabar, começou a acabar também a vontade de ser moderno, de estar na vanguarda, de ser original. Muitos dos projectos que têm vindo a aparecer desde então nas áreas das artes comerciais, e que têm tido sucesso, têm uma componente bem mais comercial que artística. São projectos conservadores, seguros, e em tudo iguais aos velhos e mais estabelecidos. São projectos que não fazem ondas, que não apregoam o novo e o original.

Ora quando o que é novo não inova, e copia o velho para ter sucesso, é sinal de desmodernização, é sinal que nos retiramos para a segurança do lugar comum. O que não deixa de ser paradoxal, pois fora do comum são exactamente os tempos que vivemos, tempos absolutamente originais e com problemas absolutamente originais.

Este seria o tempo para ser moderno, esta seria a altura de ser criativo e original e deixar o conservadorismo aos que têm medo.

Mas parece que o país está todo cheio de medo.

Pedro Bidarra

(artigo publicado no Dinheiro Vivo a 26 de Agosto de 2011)

15.7.11

Moody's Junk Mail

A Moody's tinha acabado de classificar Portugal como junk, ou seja, lixo. O Pedro Gonçalves e o Hugo Carvalheiro - dupla de criativos da BBDO - acharam que era bom responder à letra. Esta foi a resposta:



Vinte e quatro horas depois, já com quase 50000 visualizações contabilizadas e com outro vídeo na calha, é colocado on-line o site Lixo Para a Moody's onde se pode saber como enviar à moody's um pedaço de Portugal.



Foi notícia cá dentro e lá fora. Da TVI ao El Pais, mais de 30 notícias foram publicadas com referência a esta acção.







Uma semana volvida e o vídeo tem 119 661 visualizações no YouTube, sendo o 6º vídeo mais visto da semana na categoria Nonprofits & Activism.
Agora resta-nos aguardar pela cartão de agradecimento da Moody's pela encomenda.

Dinheiro Vivo entrevista João Wengorovius e Pedro Bidarra

Foto: Dinheiro Vivo

Depois da visita guiada à BBDO, a publicação Dinheiro Vivo sentou-se com João Wengorovius e Pedro Bidarra para uma entrevista.

"Não sei se estão a fazer uma especialização no futebol. Depois de Ronaldo no BES, ganharam a Liga Zon Sagres. Como está o vosso jogo de bola em termos de negócio?
João Wengorovius (JW): Não temos uma especialização no futebol. Sucede que muitos dos nossos clientes adoptaram essa plataforma do futebol e quisemos tirar partido dela. E não é de agora porque o BES apoia a Selecção e usa o Cristiano Ronaldo há muitos anos, a Galp já teve a Liga e apoia a Selecção. Temos é de usar de forma inteligente essa plataforma a favor da marca. As soluções de comunicação que temos para o BES são diferentes das que apresentamos para a Galp. Mal seria que fossem confundíveis. Pedro Bidarra (PB): O futebol é um tema muito falado no país, ao mesmo tempo é um tema optimista, de entretenimento. O país revê-se em algum sucesso no futebol que não vê noutras coisas. O futebol é realmente um fenómeno, mas quantos Villas-Boas e Mourinhos temos noutras áreas? E quantos Ronaldos? Na [revista] Forbes vinha há pouco tempo o ranking das celebridades. E são todos anglo-saxónicos até ao 43.º que é o Ronaldo. O futebol está muito presente no nosso consumidor, nos nossos media, e as marcas alavacarem a sua mensagem em cima deste fenómeno só fazem bem.

Dado o furor que o caso ‘Vuvuzela’ provocou, hoje teria proposto uma campanha com base nisso?
PB: Hoje tinha a certeza que era bom. O único furor que provocou foi em meia dúzia de bloggers meio imbecis que resolveram dizer mal, como dizem mal de tudo o que é novo. Mas isso fez com que a coisa ainda fosse mais vista, mais falada, ainda tivesse mais tracção. Não pagámos para a coisa ser divulgada e, mais ainda, as pessoas compraram a vuvuzela.
PW: Vendemos meio milhão de vuvuzelas.
PB: Posso trabalhar para a opinião dos bloggers, para os jornalistas, para as pessoas que fazem crítica ou trabalhar para o consumidor. É, e estou à vontade porque nem é meu cliente, como o Continente e o piquenique na Av. da Liberdade, [em Lisboa]. É brilhante e os lisboetas ficaram todos com jardins à borla. Quem é que disse mal? Os bloguers, uns jornalistas no Twitter, duas redes sociais, uns queques que ficaram com o problema de atravessar a Av. da Liberdade. E depois? A vuvuzela, o Continente, todas estas novas maneiras de comunicar que vão para além do anúncio, maneiras de comunicar onde o assunto é muito maior, é vivido, são coisas modernas que são feitas, e não dói a ninguém, a não ser os ouvidos no caso da vuvuzela.

Tendo em conta o que disse sobre o fenómeno do futebol, o Ronaldo não vai deixar nos tempos mais próximos de ser a cara do BES.
PB: Tem de falar com o BES. Tem que ver com dinheiro. A 43.ª personalidade do mundo ser porta-voz do BES é uma raridade numa marca e banco português e tem um valor incalculável. No dia em que não puder ser pago, porque ele é maior do que o país e do que as marcas daqui, porque somos pequenos, há-de ser um problema, mas para isso é que há criativos, para arranjar soluções.

Ganharam recentemente os Jogos da Santa Casa. Foi uma grande raspadinha?
JW: A sorte grande! Foi um dos melhores concursos do ano, demorou foi bastante tempo. Envolveu quase todas as grandes agências do mercado, ficaram muitas pelo caminho, no final ficaram três numa shortlist e depois duas. Ganhámos tudo o que são Jogos e a outra agência [DDB] a área institucional.

Este ano há algum concurso publicitário igualmente motivador?
JW: É possível que existam alguns concursos. Nestas alturas as fragilidades de alguns negócios, neste caso agências, podem vir mais ao de cima. Quando se estica demasiado a corda é que se começa a perceber se as agências têm músculo para aguentar, têm ou não talento suficiente para entregar trabalho com consistência, numa altura em que se espremem budgets, em que se põe mais pressão no resultado, em que é preciso que as campanhas resultem, porque se não a seguir não há mais campanhas. Nestas alturas alguns clientes começam a questionar-se se o barato sai caro.

O que falta no vosso portfólio?
PB: Alguns sectores, mas poucos. Falta cervejas...
JW: Dos grandes anunciantes, dos grandes sectores, não falta muito. Se estamos na banca [BES], nos automóveis [Mercedes], na grande distribuição [Auchan/Jumbo], na energia [Galp], nas telecomunicações [Zon Multimédia], evidentemente, estamos nos sectores chave.
PB: O que falta, mas não é no nosso portfólio, é no mercado, sobretudo no português que é tão difícil porque é tão pequenito e tem marcas a mais nesta área. Não sei quantas agências são, mas são claramente mais do que aquilo o mercado comporta, basta olhar para os números publicados há pouco tempo pela APAP (Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação). Não sei qual é a percentagem, mas a quantidade de agências que têm resultados operacionais negativos é imensa. São agências que estão a cobrar negativamente ou a ser subsidiadas, ou a mentir às finanças, ou a não pagar ordenados. Há ali alguma coisa meio estranha. Temos agências a mais, não temos talento suficiente para tantas agências.
Espero que venha a mudar a tradição das incompatibilidades: se tenho um carro, não posso ter outro carro, se tenho um banco não posso ter outro. Há dois argumentos normalmente dados para isso. O primeiro é o do segredo: "o marketing é tudo segredo, isto é uma guerra, não posso ter na mesma casa um concorrente meu e depois sabemos os segredos uns dos outros". O segundo é o das melhores ideias: "mas como é que sei que vocês me vão dar as melhores ideias a mim?". É o ciúme, não é. O curioso é que os nossos clientes têm esta atitude com as agências, o que nos impede de crescer, mas não têm com mais mais ninguém no mercado. Consultores e research? Quase todas as pessoas que conheço que fazem research fazem para uma marca, depois para o concorrente e os meus clientes contratam-nos, algumas vezes até porque "ah ele já fez para o meu concorrente, portanto, tem know-how na área". Acontece o mesmo com as produtoras de filmes publicitários. Espero que nos próximos anos, ou no próximo pelo menos, essa mentalidade mude até pela sobrevivência de muitas agências.

Há alguns novos negócios em vista?
JW: Conto que com as privatizações que se anunciam, e temos grande experiência nelas, sejamos chamados a participar nesses concursos e ganhar alguns deles. São projectos que têm uma duração limitada."

7.4.11

Impulso

A mim pediram-me para ser um camaleão. Para ser todas as coisas, uma coisa de cada vez ou várias ao mesmo tempo. Pediram-me para os convencer de que, como camaleão, poderia ser pacotes triple play, hipermercado ou depósito a prazo com taxa crescente.
Foi em 2008 que concorri ao estágio na BBDO, num impulso. CV e carta de apresentação enviados à pressa, no último dia de candidatura. Esqueci-me disto até que me lembraram que havia uma segunda fase de recrutamento. Fui e passei. Passei também as outras todas e fui um dos dez de 2008. Estou na BBDO até hoje.
Mas só hoje, porque abriram as inscrições aos estágios de 2011, me pus a pensar no que me fez concorrer, no que esteve na génese do impulso.
Pensei e concluí: foram os anúncios.
Já sabia ao que vinha. Conhecia uma então estagiária que me contou como o estágio funcionava. Saber que era (e ainda é) remunerado pesou bastante. Estar a precisar de não pensar em algoritmos, sistemas de informação e data mining também ajudou. Mas só agora é que percebo que o que me levou a atirar de cabeça, sem pensar muito, foram os anúncios. Os anúncios que a BBDO já tinha feito, que eu já tinha visto, que me deixavam de olhos fixos à televisão e que, muitas vezes, eram um oásis cinematográfico no marasmo televisivo. Eram coisas de trinta segundos com ideias e narrativas bem escritas, bem filmadas.
Se há quase três anos foi esse pequeno prazer em ver bons anúncios que me fez dar o salto, então tenho a certeza que hoje será igual. Porque bons anúncios continuam a ser feitos e o prazer de os ver não pode ter sido só meu.
É por isso que já estão abertas as candidaturas para o programa de estágios da BBDO para 2011. Não se procuram camaleões, mas procuram-se pessoas que querem sair da casca. Sair do ovo quentinho onde vivem e quebrar a casca para viver uma vida nova, durante pelo menos seis meses. Sair e experimentar ser uma das partes que contribui para fazer um bom anúncio - daqueles que são um prazer ver.
Portanto, se houver aí alguém que, como eu, sinta que isto é capaz de valer a pena, então basta enviar cv e carta de apresentação para estagios@bbdo.pt até ao dia 1 de junho de 2011. O resto logo se vê.

11.11.10

Mudanças

É com muita pena que anuncio que o Gonçalo vai deixar a BBDO.
A reestruturação que tem vindo a ser feita no grupo como resposta às novas condições da conjuntura implicam novas e dolorosas decisões: esta é uma delas. Por outras palavras, e sem rodeios, neste contexto ter na BBDO um Bidarra e um Morais Leitão, é um luxo incompatível com os tempos que atravessamos.
Quero agradecer muito ao Gonçalo tudo o que fez e sobre ele só tenho coisas boas a dizer.
É um óptimo profissional, inteligente, criativo, sério e com valores que muito aprecio. É muito boa pessoa o que é muito raro encontrar.
Desejo-lhe a maior sorte e espero que rapidamente o seu talento e energia voltem ao mercado pois o mercado bem precisa de pessoas como o Gonçalo.

Pedro Bidarra