A revista “Briefing”, propriedade do Luis Paixão Martins, o LPM da LPM, uma das mais reputadas casas de relações públicas do país, escreveu na contra capa da sua última edição que “Bidarra dá tampa à ETV”. Lia-se no artigo que eu já não ia fazer um programa na ETV, a tal tampa, porque, entre outras razões, o meu presidente estava preocupado com o negócio da agência. Mentira.
Nenhum funcionário do “Briefing”, digo funcionários pois não sei se há lá jornalistas, me procurou para confirmar ou desconfirmar o que fosse. Foi coisa inventada, escrita e publicada na publicação que tem ligações ao LPM da LPM. Foi coisa lá deles. Já antes, sem o mais higiénico dos gestos jornalísticos que é confrontar o sujeito da notícia com a mesma, dizia-se que eu procurava parceiro para um programa na ETV. Mentira.
A verdade é que foi o LPM da LPM o convidado para fazer um programa da ETV e quis-me para seu “side kick”, papel que não aceitei, mesmo depois de tentado pelo director do canal, pois achei que o papel não me assentaria.
“Por que raio não constas tu da notícia já que foste tu o convidado?” perguntei eu ao LPM, “Eu não apareço em notícias, eu faço notícias” respondeu-me ele. Foi por estas e por outras que resolvi dar “tampa” ao LPM da LPM, coisa que torno pública aqui no “i” pois cobardemente o “Briefing” não quis publicar a minha resposta.
Uma pequena tampa, privada, ao LPM da LPM, dá azo a uma notícia insinuando o meu desprezo pelo Grupo Económico e problemas na minha agência. Será que o que se passou comigo, pessoa sem importância e sobre um assunto sem importância, é a comunicação nossa de cada dia?
Imagino agora, que a tampa é pública, o que sofrerá a reputação da minha agência, a minha e a de futuras gerações de Bidarras. Ai que medo, que medo. Estou cheio de medo.
Pedro Bidarra
Ps: Este texto (que tem uma incorrecção pois o “Briefing” não é propiedade do Luis Paixão Martins, mas sim da sua família, de um filho seu) não saiu.
Era suposto sair, na edição de 20/7 do jornal “i” na coluna que escrevia sobre Marketing e Comunicação. O texto é um relato pessoal, sobre factos que me aconteceram e é sobre marketing e comunicação. Oh se é.
A revista em causa “Briefing” é uma das principais do metier e são a sua credibilidade e métodos que estão em causa e expostos no meu pequeno artigo que é também ele sobre a comunicação e os métodos subreptícios através dos quais operam algumas casas de relações publicas.
A própria censura que o “i” fez ao meu inofensivo artigo é reveladora.
Teria sido simpático da parte do “i” ter dito algo antes de eu abrir o jornal de manhã para ver que o meu texto tinha sido censurado.
Também teria sido simpático se a explicação dada à posteriori fizesse sentido. Mas não fez. Apenas um “Não nos pareceu bem”.
Pena. Ainda tinha 10 artigos para escrever.
elucidado. a alguém com interesse nesta área, de vez em quando surgem algumas dúvidas e histórias por contar nas entrelinhas do que passa cá para fora das agências deste sector.
ResponderEliminardúvidas quase desfeitas, a não ser algumas quanto a uma eventual ligação que pode ser feita com as mudanças no "i".
obrigado pelo esclarecimento e pelo pedaço de realidade.
é muito triste que a comunicação em portugal seja regulada pelos lápis azuis de opinion makers sem escrúpulos.
Quem se mete com o LPM é como quem se mete com o Sócrates: leva.
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